segunda-feira, 11 de abril de 2011

Causas e Consequencias do acidente

Há duas teorias sobre a causa do acidente. A primeira foi publicada em agosto de 1986, e atribuiu a culpa, exclusivamente, aos operadores da usina. A segunda teoria foi publicada em 1991 e atribuiu o acidente a defeitos no projeto do reator RBMK, especificamente nas hastes de controle.

Os impactos secundários do acidente radioativo incluíram: evacuação desordenada da região; aumento pronunciado do número de abortos; dificuldade na obtenção de documentos que permitissem a retirada dos indivíduos que viviam nas cidades próximas à usina e nas cidades vizinhas (área de contaminação radioativa) e a sua aceitação em outras regiões; conflitos entre as pessoas acerca dos subsídios do governo e dos alojamentos; discriminação dos indivíduos, sendo disseminado o sentimento de medo, denominado de "radiofobia" (medo da radiação); por fim, os cuidados médicos prestados à população eram insuficientes e inadequados.

Assim como outros desastres tóxicos e radiativos, o acidente em Chernobyl proporcionou a criação de uma subpopulação que vive ameaçada, seja por doenças ou discriminação. Uma das conseqüências foi o aumento progressivo dos casos de
câncer da glândula tireóide em indivíduos jovens, particularmente em crianças, desde as que ainda estavam intra-útero até dois anos de idade, na época do acidente.

Acidente em Chernobyl

Aconteceu no dia 26 de abril de 1986, na Usina Nuclear de Chernobyl na Ucrânia. É considerado o pior acidente nuclear da história nuclear, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, com a liberação de 400 vezes mais contaminação que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima.[1] Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia foram muito contaminadas . Cerca de 60% de radioatividade caiu em território bielorrusso.
O acidente fez crescer preocupações sobre a segurança da indústria nuclear soviética, diminuindo sua expansão por muitos anos, e forçando o governo soviético a ser menos secreto. É difícil dizer com precisão o número de mortos causados pelos eventos de Chernobil, devido às mortes esperadas por câncer, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da Organização das Nações Unidas de 2005 atribuiu 56 mortes até aquela data – 47 trabalhadores acidentados e nove crianças com câncer da tireóide – e estimou que cerca de 4000 pessoas morrerão de doenças relacionadas com o acidente.[2]